Rebeca Andrade é ouro no solo em Paris
Rebeca vence Simone Biles e conquista sua quarta medalha nos Jogos de 2024 e a sua sexta em Olimpíadas; Simone Biles comete erros de execução e fica com a prata.
Rebeca Andrade chorou de emoção e alívio, e o Brasil chorou com ela. A estrela mais brilhante do Olimpo brasileiro conquistou o ouro na final do solo na manhã desta segunda-feira (5), na Bercy Arena, em Paris, e se tornou a maior medalhista olímpica do país em todos os tempos. Tudo isso aos 25 anos. Foi um dia de emoção e redenção. Rebeca havia falhado na final de trave menos de uma hora antes e ficado fora do pódio. Mas levantou a cabeça e entregou tudo no tablado, com um solo belíssimo, chegadas praticamente cravadas ao fim de cada acrobacia e as lágrimas de quem sabia que havia encerrado sua participação nas Olimpíadas de Paris com uma apresentação de encantar o mundo todo. Simone Biles fez acrobacias incríveis, mas falhas na execução a deixaram com a medalha de prata. A americana Jordan Chiles ficou com o bronze.
Essa é a sexta medalha de Rebeca Andrade em duas Olimpíadas, ultrapassou os cinco pódios conquistados pelos velejadores Robert Scheidt e Torben Grael. Isso foi a perfeita despedida do solo da maneira mais perfeita possível. A ginasta brasileira disse, nos últimos dias, que pode deixar de fazer o solo, que o aparelho força muito seus joelhos. Rebeca passou por três cirurgias no ligamento cruzado anterior (LCA), e os joelhos e articulaçoes na região sofrem com o impacto da aterrissagem após execução de movimentos tão complexos.
Se foi essa a última vez, a brasileira fechou com graça, leveza e acrobacias impressionantes, altas e difíceis performance. Tanta beleza encheu os olhos do mundo, onde rendeu à ginasta um excelente 14.166 e o ouro.
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