Baixo nível de testosterona pode apresentar impactos significativos à saúde
De acordo com o médico endocrinologista Dr. Igor Barcelos, a falta do hormônio pode causar queda no libido, cansaço excessivo, diminuição da força física e outros problemas. A baixa testosterona, também conhecida como hipogonadismo, é uma condição na qual indivíduos apresentam níveis reduzidos do hormônio. Esse desequilíbrio hormonal pode ser causado por uma variedade de fatores, como idade avançada, problemas genéticos, tratamentos médicos ou algumas doenças. A baixa testosterona pode ter um impacto significativo na saúde e bem-estar, afetando diversos aspectos do dia a dia. Esse fato torna a busca por orientação médica importante para entender as possíveis causas e opções de tratamento disponíveis, visando restaurar a saúde e os níveis hormonais adequados.
Segundo com o Dr. Igor Barcelos, médico endocrinologista e metabologista especializado pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, com pós-graduação em Medicina do Esporte pela UNIFESP, a baixa de testosterona pode ser causada por diversos fatores, sendo o envelhecimento um dos principais. “À medida que os homens envelhecem, há uma tendência natural de diminuição na produção de testosterona. Além disso, doenças crônicas, como diabetes, insuficiência renal ou hepática também podem afetar negativamente os níveis hormonais”, pontua. Existem outras razões que podem impactar a produção de testosterona. “O sedentarismo e a obesidade, por exemplo, são fatores de risco adicionais, uma vez que o excesso de peso corporal e a falta de atividade física estão associados a um declínio na produção do hormônio. Além disso, o uso de determinados medicamentos também pode contribuir para a diminuição dos níveis de testosterona”, revela.
A falta do hormônio, por sua vez, pode causar diversos problemas. “A testosterona desempenha um papel fundamental na regulação do impulso sexual, e níveis mais baixos podem levar à diminuição da libido, resultando em uma redução do interesse e do prazer sexual. Além disso, a falta de testosterona pode afetar a qualidade das ereções”, declara.
Ainda de acordo com o especialista, o hormônio desempenha um papel fundamental na regulação dos níveis de energia e no funcionamento cognitivo. “Quando os níveis de testosterona estão baixos, muitos relatam uma fadiga persistente, mesmo após períodos adequados de descanso. Além disso, pode afetar também a memória, concentração e o foco para processar pensamentos de forma clara”, relata.
Dr. Barcelos aponta que a falta de testosterona pode levar a uma diminuição da força muscular e ao aumento da gordura na região abdominal. “É um hormônio que desempenha um papel crucial no desenvolvimento e na manutenção da massa muscular. Quando os níveis estão baixos, os músculos podem se tornar mais fracos e perdem a capacidade de se fortalecerem. A testosterona também ajuda a regular o metabolismo e a distribuição de gordura no corpo, com sua falta causando uma maior deposição de gordura na região abdominal, aumentando o risco de problemas de saúde”, pontua.
Baixos níveis de testosterona podem ter um impacto significativo no humor e na estabilidade emocional. “A falta do hormônio pode causar irritabilidade, impaciência e até mesmo raiva sem motivo aparente, levando a casos como a depressão, ansiedade e falta de motivação”, revela.
O endocrinologista aponta, ainda, que a baixa testosterona não afeta apenas os homens, mas também as mulheres. “Embora apresentem uma menor quantidade se comparadas aos homens, a testosterona desempenha um papel importante na saúde feminina, sendo responsável pela regulação da libido, função muscular e humor. Quando os níveis estão baixos, podem ocorrer sintomas como diminuição do desejo sexual, fadiga, perda de massa muscular, diminuição da força, alterações de humor e problemas de memória”, declara.
Para garantir que esses problemas não sejam recorrentes, o melhor caminho é procurar a ajuda de um especialista. “A baixa de testosterona pode ser tratada. Dosar o hormônio proporcionará uma vida mais saudável e agradável. Mas, para isso, é importante identificar o tratamento mais adequado e eficiente para cada caso”, finaliza.
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