Nossos atletas, em memória de Magno Carvalho

Falaremos um pouco sobre alguns momentos da vida esportiva de Magno Carvalho, será uma viagem, portanto, através de uma rede de histórias que fazem parte de momentos do homenageado, quero deixar claro que não se trata de uma biografia, mas de uma pequena matéria que compartilharemos com vocês  leitores e amigos do Blog. Uma rede de noticias que buscamos com amigos e familiares, mas que nos deixa escapar o principal o pensamento do "homenageado" já que não está mais entre nós, depois disso só nos resta nos apegar ao emaranhado de informações e tentar repassar o mais claro possível todo o seu entusiasmo e paixão por esportes, ele praticou judô, futebol, natação e principalmente basquete.  Foi no basquete onde ele mais se destacou, desde sua iniciação como atleta, passando a ser logo depois um exigente técnico e ainda dirigente esportivo na diretoria da AJB (Associação Juazeirense de Basqueteboll), todos reconhecem sua importância primordial, sua teimosia, sobre tudo sua ousadia em construir uma trajetória vitoriosa dentro da associação como atleta, dirigente e técnico. 

"É tão estranho, os bons morrem jovens"  Já anunciava Renato Russo sobre gente boa na nossa vida. Por mais tempo que passe com essa pessoa, nunca vai ser suficiente, sempre vai parecer demasiadamente curto. O problema da falta de tempo, é não dizer tudo que se tem pra dizer a pessoa que ama. Por isso eu decidi ligar para algumas pessoas e fazer isso. Decidi porque tem uma dessas pessoas que perdi a oportunidade, não vou poder ligar e agradecer por tudo que fez por mim. Mas, mesmo assim, vou tentar fazer por aqui. Talvez no céu não exista a "oi" e a banda larga funcione, daí quando ele acessar o face pra ver as últimas noticias na página da sua vida, encontre esse pequeno depoimento e me perdoe por nunca ter dito antes.

Magno Carvalho fez por mim mais do que imaginava. Ontem a noite, dia 09, eu estava na casa da sua mãe e olhei em volta e vi gente que conheci em 1990 chorar, também vi gente bem nova chorando, gente que nunca vi antes. Essa é riqueza dele, afetar tantas gerações com o mesmo encanto.

Mas não conheci esse cara no basquete. Antes de ser jogador eu fui crente e ele foi meu professor de escola dominical, o orientador dos juniores, ou pré adolescente. Foram tantos conselhos, foi o primeiro educador que extrapolou a sua função e formou pra vida e não apenas nos termos religiosos que o incumbiram. Lembro de ele sair na ponte comigo e meus amigos e nos ensinar a nos portar quando viesse uma bicicleta, isso mesmo, ele me ensinou em que lado ficar pra bicicleta passar, também me ensinou qual o melhor jeito de pegar na mão de uma garota. Coisinhas pequenas que meu pai nunca me ensinou, porque nunca ensinaram pra ele, então Mongol assumiu uma parte que meu pai não podia fazer e o fez bem.

Já no basquete, eu lembro que comecei no infantil com dois caras, Cicero Atila Santos e Adriano braço de radiola. Eles eram foda, jogavam muito, tinham o dom, eu não, era o tipo esforçado. Atila, era um monstro, vi em dois jogos do campeonato baiano ele deixar caras com o dobro do tamanho dele no chão com seus dribles desconcertantes. Apesar de não ter talento, Magno me fez treinar e melhorar. Lembro de no Codefas ele me fazer arremessar 600 bolas em cada treino (isso é verdade), - Monstro, acerta essa cesta, um porra deste tamanho e vc não consegue botar essa bola lá dentro. Gritava me constrangendo. rs

Isso me fez buscar ainda mais ser melhor. O que me levou a seleção de Juazeiro, foi quando voltei a jogar com alguns velhos amigos.

No processo inteiro, eu aprendi a ser melhor, a me dedicar e buscar o que eu queria, ouvi muitos conselhos e os sigo até hoje, desde a época de igreja, até a gloria de jogar.

Se lerem o que acabei de escrever, quero me desculpar, meu amigo, por não ter falado isso antes. Na sua última jogada me ensinou que não devo perder tempo, por isso estou providenciando dizer tudo a todos. Muito obrigado por tudo e depois eu apareço aí, enquanto isso vai organizando uns campeonatos aí em cima, que a gente sobe já pra bater aquele "baba" que vc não terminou.

Eu te amo meu amigo, até breve. Relatou seu aluno e amigo Cléber Jesus.

Entre tantas histórias, quero relatar que o time de Casa Nova-BAm foi muito incentivado por Magno, por dois anos fomos jogar os jogos da Copa São Francisco de Basqueteboll, 2011 e 2012 eu acho, não lembro direito os anos, prosseguindo fomos com a cara e a coragem eu Carlos Castro era o treinador, professor, técnico e atleta responsável por um time de garotos de 16 a 18 anos, tá bom, mas onde o que tem de importância esse fato com o Magno, o que nos liga é a ação dele, nos dois anos nos arrumou um local pra ficarmos por conta dele, isso sempre será lembrado, além das palavras de incentivo e motivação quando perdíamos de mais de 30 pontos. 

Outro aluno a lembrar de história de Magno é Savio, quando jogava pelo time da escola Modelo de Juazeiro, o professor marcou a vida dos meninos com várias ações, mais uma em especial ficou na lembrança do aluno, foi quando o time jogou uma partida final dos jogos escolares e que o treinador fez um desafio ao time, a cada ponto sofrido teriam que pagar com flexões e em caso de vitória, sairiam para comer pizza e comemorar a vitória, não deu outra o time venceu, os atletas pagaram as flexões e depois, foram merecidamente comer a pizza.

Essa é a imagem que queremos que todos recordem de Magno, alegria e descontração.

Agradecimentos a todos que contribuíram para essa matéria sobre Magno Reis, grande incentivador do Basquete na Região, hoje estaria muito feliz com a união entre Petrolina e Juazeiro, sim essa grande mistura está fortalecendo o esporte na região e ano passado já rendeu uma final inédita no baiano de basquete.
 Espero que tenham gostado do nosso memorial ao grande ser humano que será sempre lembrado por todos aqueles que tiveram contato com ele. 

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